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PlayStation 2

Coraline

13/02/2009

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Atriz fala sobre dublagem
"Coraline" é um romance do aclamado escritor Neil Gaiman, aquele mesmo dos quadrinhos de "Sandman", que virou um longa-metragem em animação pelas mãos do talentoso Henry Selick, diretor de "O Estranho Mundo de Jack". O filme, que chegou ao Brasil sob o título de "Coraline e o Mundo Secreto", foi acompanhado de vários produtos derivados para aproveitar a promoção de sua marca e, evidentemente, um game foi incluído nos planos. Pena que, como na maioria desses casos, o resultado do game foi bem abaixo do esperado.

Seguindo o original

A história, ao menos, segue de perto os eventos mostrados nos cinemas apresentando a menina Coraline, que se muda para uma estranha pensão. Como seus pais estão sempre muito ocupados, ela resolve interagir com outros moradores da casa e explorar o lugar, até que descobre uma passagem secreta para outra dimensão, que revela uma versão distorcida de sua própria realidade.

Lá ela descobre as contrapartes de seus próprios pais, que apesar de terem botões no lugar de olhos, se mostram mais divertidos e atenciosos do que os verdadeiros. No entanto, a garota resolve voltar para seu mundo, o que irrita sua "Outra mãe" e acaba desencadeando uma série de eventos bizarros. Quando a mocinha retorna para sua realidade, descobre que seus pais verdadeiros foram raptados pelos "Outros" e, para salvá-los, encara o desafio de encontrar as almas das outras crianças que, em outras épocas, fizeram o mesmo que ela.

A história de Coraline
Assim como o enredo, que parece um pouco sinistro para crianças pequenas, algumas passagens do jogo seguem essa tendência, com muitos tons escuros, criaturas sombrias e uma atmosfera pesada. Mas é uma apresentação adequada, fiel ao material original ao contar até mesmo com trechos em vídeo e dublagens com atores do longa, que peca apenas pela falta de detalhes nos cenários, excesso de compressão e cores muito desbotadas. A fidelidade com o filme parece ser tão grande que a própria duração do jogo se mostra curta, pela decisão dos desenvolvedores em não inserir muito material extra que não aparece nas telonas.

O que incomoda mesmo no game é seu esquema de controle excessivamente burocrático, estranho para jogos de aventura, mesmo aqueles com pitadas de exploração que impõem um ritmo mais lento. Em vez de apertar um botão de pulo para subir sobre uma caixa e simplesmente andar para cair dela, é necessário se aproximar do objeto, pressionar um botão para subir e pressionar novamente para descer. Outros desafios ainda esperam que o jogador manuseie os controles de maneira estranha, pedindo combinações de botões que não ficam próximos uns dos outros, o que não é prático nem fácil para o público almejado. E há uma mistura de eventos quicktime - aqueles que pedem que você pressione botões rapidamente quando um comando surge na tela - combate e coleta de itens que parece indigesta, forçando muito a atenção em um pequeno espaço de tempo.

CONSIDERAÇÕES

"Coraline" é uma adaptação fraca do filme em animação baseado no romance Neil Gaiman. Apesar de seguir com fidelidade a história e os visuais do cinema, há uma certa pobreza na apresentação e a mecânica é confusa, pouco amigável para o público mais jovem, justamente o público almejado pelos produtores.

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    Coraline (Playstation 2)

    10 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Papaya Studios
    Lançamento: 27/01/2009
    Distribuidora: D3 Publisher
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    Outras plataformas: DS PS3 PSP WII X360
    RegularAvaliação:
    Regular

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