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PlayStation 2

Lifeline

21/04/2004

da Redação
Originalmente lançado no Japão em janeiro de 2003, "Operator's Side" criou uma situação diferente para o jogador de videogame: encarnar um personagem preso em uma sala de controle de uma base espacial, dando ordens verbalmente para uma garçonete na tentativa de salvar ambos e sua namorada desaparecida. O game chega aos EUA por cortesia da Konami, que o rebatizou de "Lifeline".

No espaço ninguém pode ouvir você gritar

Essa ficção científica se passa em um futuro próximo, contando a história de um casal apaixonado que se vê no meio do que parece ser um ataque alienígena à uma base espacial durante um jantar de gala na mesma. O protagonista acorda em uma sala de controle, vendo apenas a garçonete Rio no circuito de TV interno. Operando portas e conversando por rádio, você deve descobrir o que aconteceu e encontrar Naomi, sua namorada.

Apesar de usar o controle Dual Shock 2 para algumas funções, a esmagadora parte do game é controlada por microfone: ordens devem ser faladas em inglês para instruir Rio a realizar tarefas simples como pegar chaves até situações mais agitadas como combate com monstros. O game é uma homenagem aos clássicos adventures de texto, exigindo que o jogador resolva seus quebra-cabeças com ordens vocais.

Muita palavra para pouca compreensão

Do ponto de vista tecnológico, "Lifeline" impressiona com seus números: são 5000 palavras e 10 mil frases que podem ser reconhecidas. De fato, grande parte da graça do jogo está nas reações que Rio oferece aos seus comentários. Se essa parte de comunicação fosse tirada, os quebra-cabeças simplórios e história medíocre fariam do game um desastre. Mas uma vez que você começa a criar uma conexão com a garota, a aventura salta para um patamar diferente.

O sistema de reconhecimento de voz é bastante competente. Ser fluente em inglês é absolutamente vital, pois meros desvios de pronúncia podem impedir que você vença o game. Aliás, um dos maiores defeitos do jogo são as dificuldades de vocabulário. Algumas vezes você sabe exatamente o que fazer, mas não consegue se expressar. A dificuldade de descobrir o nome exato de um objeto é facilitada com descrições: "Examine blue object on desk" (examinar objeto azul na mesa) faz com que Rio aponte para o objeto e revele o nome oficial usado no game. Mas em alguns casos, essas palavras podem ser causa de grande transtorno: logo nos primeiros cinco minutos de jogo você pode tentar pegar um chip dentro do terceiro slot de uma máquina de café - só que o jogo só reconhece QUAL deles é se você disser "the second slot from the right" (o segundo à partir da direita), mas não "the third slot" (o terceiro).

"Venha até a sala de controle para que eu estrangule você"

O uso da voz cria um laço não muito diferente do visto entre Ico e Yorda em "Ico": Rio vai ser causa de muita frustração, alegria, raiva e outras emoções, criando uma ligação emocional interessante para um videogame (afinal, não é todo dia que um herói de videogame DISCORDA de uma ordem do jogador!). Mas aqueles que preferirem se ater ao valor do jogo em si podem ficar seriamente desapontados.

CONSIDERAÇÕES

Fãs dos velhos adventures podem querer experimentar essa curiosa variação do gênero. Quem procura por algo mais parecido com "Resident Evil", porém, deve evitar o game.

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    GALERIA

    Lifeline (Playstation 2)

    8 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: SCEI
    Lançamento: 02/03/2004
    Distribuidora: Konami
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    RegularAvaliação:
    Regular

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