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PlayStation 2

The Incredible Hulk: Ultimate Destruction

28/05/2005

da Redação
Em primeiro lugar, é preciso registrar que o novo "Hulk" cumpre o que promete. O subtítulo "Ultimate Destruction" não está aí à toa e o gigante verde realmente pode destruir quase tudo que vir pela frente. Poucas vezes se viu um nível de destruição tão grande como este. Seja soldados, carros, tanques, helicópteros, pedras e até uns prédios menores, tudo pode ser esmagado - e coitado dos pobres "homenzinhos".

"Ultimate Destruction" tem várias diferenças em relação ao antecessor. Para começar, não há mais fases sob a forma de Bruce Banner; o novo "Hulk" é totalmente focado na ação. E a estrutura de jogo ficou menos linear. Agora, como num "Grand Theft Auto" ou "Spider-Man 2", os mapas são amplos e o jogador tem liberdade para explorar o cenário, e cumprir as missões quando desejar. O enredo, desta vez, é baseado nos quadrinhos. Os fãs de carteirinha reconhecerão as diversas referências escondidas espalhadas por todo o jogo.

Como de praxe, a fase inicial serve para mostrar os principais movimentos do personagem. O gigante pode socar e chutar com sua força descomunal, além de carregar enormes objetos, como rochas, carros e até caminhões, para depois arremessá-los como um canhão. O pulo de Hulk é quase um vôo e a sensação de liberdade lembra um pouco a do jogo "Spider-Man 2". E assim como o aracnídeo, o brucutu pode correr e se agarrar a paredes, mas à sua maneira particular. A maioria dos movimentos pode ser carregada, isto é, com o botão pressionado, a ação ganha mais força, em troca de um gasto de tempo.

Uma das ações mais piradas de "Ultimate Destruction" é o chamado "weaponizing". É a habilidade que o fortão tem de transformar as coisas em armas. Por exemplo, ao destruir um lança-foguetes ele pode partir ao meio e usá-lo como dardos explosivos. Ou amassar um carro e transformá-lo numa espécie de luva de ferro retorcido. As opções são muitas.

No começo, os movimentos de Hulk parecem limitados e, de fato, são. Mas ao chegar na aventura principal, ganha acesso a novos golpes, em troca de pontos de destruição, que se obtêm, naturalmente, demolindo tudo e a todos. E a cada novo capítulo, mais e mais golpes são acrescentados à lista. No final, Hulk aliará força à técnica, com diversos tipos de combos, movimentos independentes e novos "weaponizing".

De deixar nervoso

A estrutura da aventura é bastante similar a "Spider-Man 2", que, por sua vez, adaptou o sistema de "Grand Theft Auto". Ou seja, o jogador tem liberdade para percorrer um mapa extenso e escolher fazer uma das missões. Pontos de interrogação fornecem diversas dicas e as estrelas amarelas representam minigames não-obrigatórios, que dão pontos como bônus. São pequenas tarefas como pegar itens em uma certa ordem ou levar um objeto a um local determinado.

Já as estrelas verdes são as missões próprias do enredo, obrigatórias para avançar no roteiro. Estas são mais complicadas e longas. A maioria das missões baseia-se em destruição, é claro, mas também há objetivos, como proteger determinadas edificações ou levar objetos para seu esconderijo. Naturalmente, com o progresso do jogo, as missões ficam cada vez mais difíceis.

Aliás, a dificuldade de jogo é um pouco alta. Nas partes iniciais, é complicado destruir veículos como tanques e helicópteros. Os blindados têm alta resistência e as aeronaves são difíceis de acertar. Ainda por cima, seus ataques são bastante poderosos. O lançador de foguetes é outro veículo pentelho, com capacidade de acertar o protagonista com mísseis teleguiados em seqüência. Felizmente, o musculoso é capaz de recuperar energia quando em repouso.

As diversas missões se esforçam para usar os mapas sob vários aspectos. São, basicamente, dois mapas básicos, que têm um bom tamanho, mas são muito menores que o de "San Andreas". "Spider-Man 2" também tem um ambiente maior, e com o atrativo de reproduzir um local real, Manhatthan. Mesmo assim, são compatíveis com o tamanho da aventura, de cerca de dez horas.

Os inimigos "normais" são bem diversificados, mas os chefes são um show à parte. Todos oferecem um bocado de desafio e alguns são realmente cascas-grossas, exigindo habilidade e inteligência. São rostos familiares dos leitores do gibi, como Abomination e os robôs Hulkbusters.

A Radical Entertainment buscou ajuda de todo lado para incrementar o valor de produção do game. Como alguns poderão notar, para o roteiro e desenhos foram chamados Paul Jenkins e Bryan Hitch. Além deles, artistas como Alan Roderick, ex-designer de criaturas de "Star Wars", e o compositor Bill Brown, de "Um Domingo Qualquer", emprestam seu talento no título.

Destruição é o que importa

Mas a equipe responsável pelos gráficos de "Ultimate Destruction" conseguiu apresentar um visual apenas mediano, com modelos 3D um tanto simples e cenários pouco detalhados, apesar de algumas cenas mais impactantes. Mas o fato não chega a ter tanta importância, dadas as características do título, de ação desenfreada. Pelo jeito, todo o poder de processamento foi desviado para popular os mapas com carros, pessoas e outros adereços dos cenários, como dominós prontos para serem derrubados.

Com tantos objetos na tela, os travamentos foram inevitáveis. O problema ocorre com maior freqüência na versão para GameCube, mas, mesmo assim, não chegam a ser insuportáveis. A câmera também é um empecilho em determinadas situações, mas nada tão sério a ponto de comprometer a ação.

A trilha musical tem qualidade e o ritmo varia conforme a situação. A ajuda de um profissional do cinema foi valorosa nesse quesito. Os efeitos sonoros não deixam o ritmo cair nas cenas de ação, sobrepondo barulho de tiros, de explosões e do impacto dos golpes de Hulk. E os diálogos contam com a segurança atores tarimbados como Neal McDonough ("Star Trek: Primieiro Contato") e Ron Perlman ("Blade II", "Hellboy"), e dubladores experientes como Cam Clarke e Richard Moll.

CONSIDERAÇÕES

"The Incredible Hulk: Ultimate Destruction" não ostenta nada de superlativo. Não é incrivelmente longo ou profundo, nem exibe qualidades técnicas dignas de atenção. Tudo que a Radical Entertainment fez foi pensar na diversão de destruir coisas. E não há ninguém melhor que o gigante verde para cumprir esse papel. Ademais, solidificou a qualidade com um enredo conciso e um sistema de jogo bem planejado. E provou que os heróis também podem render bons games quando tudo é bem executado.

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    The Incredible Hulk: Ultimate Destruction (Playstation 2)

    37 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Radical Games
    Lançamento: 23/08/2005
    Distribuidora: Vivendi Universal
    Suporte: 1, jogador, cartão de memória
    Outras plataformas: XB
    RecomendadoAvaliação:
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