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UEFA Champions League 2004-2005

08/02/2005

da Redação
Para aproveitar que as oitavas-de-final da Copa dos Campeões da UEFA está prestes a começar, a gigante norte-americana EA Sports decide entrar de vez no mercado europeu ao lançar "UEFA Champions League 2004-2005". Apenas quatro meses após o lançamento de "FIFA 2005", seria muito otimista _e até ilusório_ pensar que o mais recente jogo da fabricante que detém todas as licenças oficiais da FIFA traria alguma inovação. De fato, há novidades e números (50 missões, 239 times) que a EA faz questão de ostentar, mas com o controle na mão, trata-se praticamente do mesmo jogo lançado no ano passado, só que com nova embalagem.

Copa dos Campeões não tão campeões assim

Mesmo que a Copa da UEFA esteja entrando em sua fase final, com os principais 16 times da Europa se preparando para disputar o caneco, o jogo traz 239 equipes européias, advindas das principais _e também das mais distantes_ ligas, que vão desde as celebradas Primera Liga (Espanha), Serie A (Itália) e Premier League (Inglaterra) até as distantes Ligat A1 (Israel) e Divizia A (Romênia). Porém, as seleções nacionais ficam de fora aqui, mesmo que se queira apenas disputar um amistoso _ou seja, um pacote não inclui o outro.

O principal atrativo de "UEFA Champions League" é o modo Season, que descende do modo Career de "FIFA 2005". Nele, você elege um time para gerenciar desde o início da temporada até a sonhada disputa do caneco. Aqui residem as principais novidades desta edição: antes de cada jogo, o presidente do clube estabelecerá metas para você, gerente de futebol, atingir durante a partida, que vão desde vitória por determinada diferença de gols até a participação proeminente de determinado jogador que se quer valorizar. Caso sejam atingidas, como bônus serão disponibilizados novas táticas para o técnico e jogadas ensaiadas inéditas, por exemplo. Senão, o risco é o de ver um "Game Over" estampado na sua tela.

Porém, ao mesmo tempo que se deve ser eficaz na obtenção de resultados, deve-se também reduzir custos operacionais a qualquer preço: não se deve gastar muito com contratações astronômicas, não se pode perder dinheiro ao desvalorizar o esquadrão com uma derrota ou um jogador importante com repetidas más atuações. À longo prazo, tais exigências acabam se mostrando desafios necessários para a manutenção do jogo, para valorizar a experiência cada vez que se liga para jogar.

É nesse modo que reside mais uma inovação que serve para criar mais problemas na cabeça do jogador: a mídia agora está cada vez mais presente no jogo. A EA Sports Talk Radio é um canal que dá voz aos torcedores do time, que se empolgam com uma vitória e que massacram o esquadrão quando é derrotado. Há manchetes de jornais para reforçar a opinião pública. Isso tudo só serve para aumentar a pressão criada no presidente, no time e, afinal, em você, que deve contornar todos os problemas.

Nova embalagem, conteúdo repetido

Mesmo que "FIFA 2005" tenha evoluído os bons conceitos apresentados em "Euro 2004" (jogo que, com menos alarde, trazia valorosos reforços à lógica às vezes excessivamente plástica dos jogos de futebol da EA Sports), como melhorias no controle da bola, dos passes e dos dribles, o que se mostrou eficaz na prático, o jogo ainda padece de mals comuns à série. Situações de gol muitas vezes irreais (principalmente no que diz respeito aos chutes e à gravidade da bola), sistema engessado de bolas altas (lançamentos, cruzamentos ou escanteios) e movimentação afoita dentro de campo, contudo, também são problemas em "UEFA Champions League".

As principais diferenças, além dos uniformes, dos jogadores e do nome das equipes, referem-se a um envernizamento visual: gráficos mais polidos, novas tomadas de câmera na apresentação da partida, mais animações (sejam reclamações, lamentações ou comemorações). Além disso, sobra pouco no jogo que se diferencie dos demais títulos disponíveis no mercado.

Há outro problema na idéia da EA Sports de praticamente relançar "FIFA 2005" para aproveitar a febre de grandes craques na Europa. Mesmo com todas as licenças oficiais dos times, a EA não consegue controlar o plantel dos jogadores na vida real. Pode parecer óbvio isso, mas na prática, na tela, significa que muitos craques apresentados como titulares de determinadas equipes não estejam atualmente jogando. Muitos se machucaram, outros trocaram de time.

Mesmo que as pessoas interessadas no título busquem a verossimilhança de ver um Ronaldinho jogando pelo Barcelona, de controlar o feroz e jovem atacante Wayne Rooney no Manchester United ao lado do holandês Van Nielsterooy (que voltou de contusão há pouco tempo), de, afinal, ver os grandes craques vestindo o uniforme de equipes como Chelsea, Juventus e Real Madrid, não há garantia nenhuma de que o que você acompanhará pela TV, mesmo no Brasil, será o mesmo idealizado e apresentado em "UEFA Champions League" _por mais que o perfil cada vez mais real e maquiado dos jogadores nos façam acreditar que são eles mesmos na tela, é só ilusão (ao contrário do que acontece na série "Winning Eleven", que não detém licenças oficiais).

Deu Chabu

Mesmo que, mercadologicamente, faça sentido para a EA lançar um jogo que tenha um evento real a acontecer simultaneamente, o que poderia mobilizar a atenção dos países que estão envolvidos (e mesmo para nós, brasileiros, há a atração de todos os nossos principais craques estarem jogando fora do país), para o consumidor há a questão: vale a pena gastar o mesmo preço por um pacote que oferece menos que os outros disponíveis no mercado, mesmo que seja o mais recente?

De fato, há algo que aumenta o valor de "UEFA Champions League 2004-2005": o modo multiplayer online. Se o maior rival "Winning Eleven", que mesmo com sua oitava versão chegando ao PC e ao PS2, parece ignorar a força da Internet na popularização e reverberação de um jogo, a EA Sports parece querer se consolidar exatamente neste nicho. O desempenho do jogo cresce no calor deste momento, em que os ânimos da decisão da Copa da UEFA acirram a competição. Se há um lugar por onde este lançamento pode crescer, é por aí.

CONSIDERAÇÕES

Porém, para um jogo que propõe muito, "UEFA Champions League" entrega pouco. De fato, fica a opção: adquire-se "FIFA 2005" ou este lançamento. Mas isso parece pouco inteligente, já que a concorrência acaba por ficar entre dois títulos do mesmo fabricante, em vez de concorrer com o rival "Winning Eleven 8". Não é porque se tem um álibi para lançar um jogo que não se é culpado do crime cometido.

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    UEFA Champions League 2004-2005 (Playstation 2)

    16 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: EA Sports
    Lançamento: 02/2005
    Distribuidora: Electronic Arts
    Suporte: Cartão de memória, multiplayer online
    Outras plataformas: PC GC XB
    DispensávelAvaliação:
    Dispensável

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