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Metal Gear Solid: Peace Walker

11/06/2010

PABLO RAPHAEL
Colaboração para o UOL
A trama de "Metal Gear Solid" se estende por várias plataformas, entre elas três gerações da família PlayStation. O enredo pode ser dividido em pelo menos dois arcos: a saga de Solid Snake, retratada em "Metal Gear Solid", "MGS 2: Sons of Liberty" e encerrada em "MGS 4: Guns of the Patriots".

Dez minutos com o melhor do jogo
O terceiro jogo da saga no PlayStation 2, "MGS 3: Snake Eater", introduziu uma etapa anterior da história, protagonizada não por Solid Snake, mas pelo agente da unidade de operações especiais FOX, conhecido pelo codinome Naked Snake, que no futuro se tornaria o lendário Big Boss.

A transformação de Big Boss de espião em herói norte-americano até o líder do grupo mercenário Outer Heaven começa em "Snake Eater" e prossegue em "MGS: Portable Ops", mas é apenas agora, com "Metal Gear Solid: Peace Walker", que descobrimos tudo o que aconteceu com Snake após suas desventuras na União Soviética, tantos anos atrás.

O ponto quente da Guerra Fria

O herói, agora caolho e marcado pelas torturas sofridas em "Snake Eater", abandonou os Estados Unidos e criou o grupo Militaires Sans Frontières, ou "soldados sem fronteiras", uma milícia que não é fiel a nenhum país e trabalha para quem pagar melhor - a primeira de muitas que surgirão no futuro do universo concebido por Hideo Kojima. Ambientado dez anos após os eventos de "MGS 3", o jogo se passa na América Central, em plena Guerra Fria, quando um conflito aberto entre os Estados Unidos e a União Soviética era impedido pelo temível arsenal nuclear de ambas as nações.

História no trailer da TGS 2009
É nesse cenário que um grupo militar desconhecido toma o controle da Costa Rica, na América Central. O grupo, liderado por um ex-agente da CIA, possui um grande monstro mecânico móvel capaz de disparar ogivas nucleares, o Peace Walker.

Tanto os russos quanto os norte-americanos querem neutralizar a ameaça e colocar as mãos na perigosa máquina de guerra. Snake e a MSF são contratados por Ramón Gálvez, um professor universitário e agente da KGB, para neutralizar a ameaça e capturar o valioso Peace Walker.

Para garantir a paz mundial, Snake deverá se tornar inimigo de seu próprio país e assim, desde o princípio, a trama de "Peace Walker" traça a queda de Big Boss e o nascimento de Outer Heaven. Por que Snake trabalha para os soviéticos e não para os Estados Unidos? O espião tem suas próprias razões para isso, as quais deixarão os fãs da saga atônitos já na primeira hora de jogo.

Bem vindo à selva

Durante as missões principais, "Peace Walker" segue o estilo de "Metal Gear Solid 3". Snake passa boa parte do game na selva, escondendo-se, usando camuflagens para despistar os inimigos e ocasionalmente passando por fortalezas ou montanhas. Os cenários são mais bonitos e bem feitos do que qualquer outro jogo do PSP e mesmo que os mapas das missões sejam curtos e adequados para jogar em um videogame portátil, a quantidade de detalhes e o planejamento perfeito das missões deixam claro tratar-se de um legítimo "Metal Gear Solid" e não de um título secundário ou de um caça-níquel barato.

Snake em missão de infiltração
O game adota um tom realista diferente dos demais jogos da série. Todos os chefes de fase são máquinas de combate de alta tecnologia, o que é estranho em uma franquia que já teve atiradores com mais de cem anos de idade, assassinos psíquicos e até homens capazes de controlar enxames de abelhas entre seus vilões. É nessas batalhas que "Peace Walker" mostra seu ponto mais fraco, dependendo mais da capacidade de causar e suportar dano do que da habilidade do jogador.

Planejadas para vários jogadores, as lutas contra os chefes lembram as batalhas contra monstros gigantes da série "Monster Hunter", da Capcom. Os chefões, inclusive Peace Walker, podem ser derrotados por um jogador solitário e dedicado, mas as lutas vão exigir paciência e levarão um bom tempo para terminar.

As longas cenas de corte, marca registrada da série, são apresentadas em formato de história em quadrinhos e para evitar o tédio, incluem seqüências interativas, nas quais comandos são apresentados de forma estilizada dentro do quadro e devem ser realizados pelo jogador para avançar na história.

Entre uma missão e outra, o jogador tem acesso ao quartel-general da MSF, uma estação petrolífera adaptada, onde deve gerenciar sua equipe para pesquisar novas armas e equipamentos, reparar veículos capturados e curar soldados feridos em batalha. A partir do QG também é possível selecionar missões, tanto da campanha principal quanto extras para melhorar a pontuação e capturar soldados para suas fileiras. Eventualmente, o jogador pode até construir seu próprio Metal Gear.

Novas unidades para o grupo de Snake podem ser recrutadas nas missões extras e também em pontos de conexão wi-fi. Os soldados perdidos em combate podem ser repostos e caso tenha unidades sobrando, eles podem ser trocados com amigos por armas e equipamentos pela conexão à internet.

Todas as missões de "Peace Walker" podem ser jogadas cooperativamente por até quatro jogadores e há também uma modalidade competitiva para oito participantes online. Os jogadores podem realizar missões, lutar contra os chefes e coletar novas unidades para suas tropas e até mesmo partes para o Metal Gear Zeke - a máquina de guerra do próprio Big Boss. As missões extras incluem também mapas diferentes da campanha principal e uma batalha contra um dragão de "Monster Hunter".

PSP no limite

Com "Peace Walker", a Konami exigiu mais do PSP do que qualquer outro jogo fez antes, mas, após a experiência em "Portable Ops", a equipe de Hideo Kojima soube lidar com as limitações do portátil no que se refere aos controles.

Cooperação é chave
Os comandos de "Peace Walker" seguem o estilo apresentado em "MGS 4: Guns of the Patriots", com a mira no gatilho esquerdo, tiro no gatilho direito, controle da câmera nos botões de face e movimento na alavanca. As setas são utilizadas para acessar inventários e outras ações.

Para não complicar o jogo, algumas opções foram retiradas: não é possível rastejar, nem mover-se quando Snake está encostado na cobertura, por exemplo. Os golpes de CQC, a técnica de luta que é marca registrada de Snake, também tiveram seus comandos simplificados.

É possível optar por outros dois sistemas de controle, um deles similar ao de "Portable Ops" e outro baseado nos comandos de "Monster Hunter". O jogador pode experimentar cada um dos sistemas e alterar entre eles a qualquer momento do jogo.

É um jogo grande, tão profundo quanto um "MGS" para um console maior, limitado apenas pelo hardware do PSP, que tem sua bateria consumida rapidamente durante as partidas. Por sinal, é recomendado jogar sempre com um carregador por perto e fazer a instalação do jogo, que além de diminuir o tempo de carregamento entre as fases, acrescenta som durante as conversas de rádio.

CONSIDERAÇÕES

Livre da pressão de justificar a existência de um console, Hideo Kojima reuniu em "Peace Walker" algumas das melhores idéias dos "Metal Gear" anteriores, como os controles de "MGS 4", o recrutamento de unidades de "Portable Ops", o multiplayer e o sistema de camuflagem de "Snake Eater" e as missões extras no estilo de "MGS: VR Missions". O resultado é um jogo brilhante, obrigatório para os fãs da saga de espionagem da Konami.

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    Metal Gear Solid: Peace Walker (PSP)

    imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Kojima Productions
    Lançamento: 08/06/2010
    Distribuidora: Konami
    Suporte: 1-4 jogadores
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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