03/03/2008 - 22h19
Setor online é o futuro dos games, diz Infogrames
do Finalboss
Falando ao site GamesIndustry, David Gardner, o novo executivo-chefe da Infogrames, dona da Atari americana, disse que pretende mover os negócios da empresa para o mercado online, focando sua mira em outros modelos de negócios como os jogos baseados em servidor e os títulos que se pode jogar de graça.
O ex-veterano da Electronic Arts disse que a companhia tem um portfólio rico em títulos de companhias adquiridas como Gremlin, GT Interactive, Ocean Software e Accolade, por exemplo, que poderia ser reutilizadas caso haja demanda.
"O comércio e a indústria está movendo para o ramo online em uma escala global. Está movendo a diferentes velocidades em diferentes países, mas é bastante claro para mim que o caminho que as pessoas vão querer seguir para comprar e jogar os games, e interagir com eles centralizado na rede"', disse Gardner. "É lá onde precisamos nos tornar mais espertos, bem rapidamente, e usar essa famosa marca".
Gardner, entretanto, reconheceu que para ser bem sucedida no meio online, a companhia precisa ser capaz de oferecer múltiplos jogos e experiências, e tudo deve oferecer gratificação instantânea para o consumidor.
"Pessoalmente, eu estou na categoria de não ter que esperar por downloads que levam horas e horas", disse ele. "Eu francamente acho que é mais rápido entrar em uma [loja] GAME e comprar uma cópia empacotada de uma prateleira".
"A meu ver, o futuro está em criar jogos de altíssima qualidade que estejam rodando em um servidor. Sem se preocupar com configurações e todos esses problemas de desempenho. Todas essas coisas deveriam ser livres de complicação como um serviço telefônico - você pega o telefone, tem um tom de discar e pronto. Você deveria poder ir para o computador e jogar", afirmou.
Gardner reconheceu que a Atari ter vendido suas propriedades intelectuais no passado - como as marcas de corrida "Driver" e "Stuntman" - não foi um negócio muito bom, mas está confiante de que a companhia ainda tem um catálogo rico de títulos que pode ser usado em futuros projetos.
"Eu creio muito que o valor da companhia é construído pelas propriedades que ela possui. A boa notícia é que nós temos um catálogo massivo de propriedades. Temos o DNA de cada companhia importante da história dos jogos - as fábricas de produtos Ocean, GT Interactive, Gremlin, Accolade, é uma longa história genética. Não vai ser difícil trazer propriedades bem conhecidas ao mercado, será difícil certificar que elas sejam relevantes e boas nos termos atuais. Nós não vamos apenas relançar clássicos intocados dos anos 80 - isso seria um erro", concluiu.