DiRT 2

OTAVIO MOULIN
Colaboração para o UOL

Enquanto o Playstation 3, o PC e o Xbox 360 ganharam uma excelente versão de "DiRT 2", mais novo jogo da consagrada série de rali que levava o nome do piloto Colin McRae até sua morte, o Wii e o PSP amargaram com um jogo que de "DiRT 2" só leva mesmo o nome.

O produto foi feito de maneira tão tosca, sem muito acabamento ou inspiração, que quase parece uma versão beta.

Sem comparações

Multiplayer da versão Wii

"Dirt 2" para Wii e PSP é um jogo tão fraco em seu design que chega até ser covardia compará-lo com o "DiRT 2" das outras plataformas, de tão caprichado e inventivo que é o produto original. Este "DiRT 2" mais pobre é tão ruim que se afunda sozinho sem esforço, já que apresenta modos engessados e mínimas opções de personalização ao jogador, além de corridas que não trazem emoção ou grande sensação de velocidade. Apesar de pegar emprestado do irmão maior elementos como o trailer que funciona como central de gerenciamento das provas e um modo online, não há nada de marcante.

O modo de carreira foi criado de maneira burocrática e não se preocupa com as reações do jogador. O jogo simplesmente apresenta provas atrás de provas e um punhado de carros para escolher, sem maiores informações ou opções de ajustes e improvisos. A fórmula é a mesma de títulos jurássicos de plataformas anteriores e coloca um modo com desafios extras para criar a ilusão de trazer conteúdo diversificado relevante.

O triste é que o esquema deste "DiRT 2" é tão ultrapassado que parece ter influenciado negativamente todos os outros aspectos do game. Os gráficos não tem vida, com cores apagadas e texturas feias, que perdem até mesmo para alguns títulos do já antigo Playstation 2. Os sons estão no mesmo patamar; quase não há música no game e os poucos (e pobres) efeitos sonoros às vezes teimam em desaparecer no meio da ação.

O tiro de misericórdia vem no próprio funcionamento das corridas. Alguns carros ainda parecem velozes, mas tem comportamento desengonçado, especialmente se você tentar manobras de precisão utilizando o sensor de movimento do Wii. Há pouca emoção na disputa também por conta dos adversários controlados por computador, que são pouco agressivos e raramente surpreendem.