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Fragile Dreams: Farewell Ruins of the Moon

21/04/2010

HENRIQUE SAMPAIO
Colaboração para o UOL
Desde que foi anunciado, em 2008, "Fragile Dreams: Farewell Ruins of the Moon" vinha despertando o interesse entre os amantes de RPGs e jogos de aventura. O grande problema é que, apesar de sua premissa instigante, é um jogo assolado de imperfeições, que nem de longe corresponde às expectativas geradas.

Dotado de um visual estilo anime, com personagens delicados, o jogo conta a história de Seto, um garoto de 15 anos que perde sua única companhia em um mundo destruído. Desolado, ele parte sem rumo até que encontra uma espécie de rádio-robô, dotado de uma voz feminina, que se torna seu único amigo. Juntos, ele busca por sobreviventes em estações de trem abandonadas, shopping centers escuros e até mesmo em um parque de diversões esquecido.

Bom como história, ruim como jogo

"Fragile Dreams" carrega uma atmosfera de solidão, que no começo dá um clima melancólico e de suspense à ação. Algumas horas depois, representa nada mais do que tédio, uma vez que, por mais detalhados que sejam, os cenários raramente apresentam elementos interativos. Com o Wii Remote, você controla a lanterna de Seto pelos ambientes escuros, mas não espere por um sistema de iluminação sofisticado, com luz e sombra dinâmicos. É, na verdade, um recurso tão básico que tem um impacto mínimo na mecânica.

Seto tem um inventário limitado, ao estilo "Diablo", representado por blocos vazios. Cada item ocupa uma quantidade de blocos, de acordo com seu valor e tamanho. Ainda que com seu progresso a quantidade de blocos aumente, o gerenciamento e a organização destes itens ocupam boa parte do tempo de jogo.

Fogueiras espalhadas pelos cenários são pontos de salvamento, onde você pode também identificar itens e armazenar aqueles menos utilizados para liberar espaço em seu inventário. Vez ou outra você se depara com um vendedor de itens (como armas, comida para recuperar a saúde etc.) ao salvar o jogo, mas sua aparição é totalmente aleatória - uma decisão de design questionável. É comum você necessitar de algum item e ter de abrir e fechar a tela de salvamento até que o vendedor apareça, o que não faz muito sentido.

Aventura melancólica
Outro detalhe irritante do sistema de itens é que todas as armas possuem durabilidade limitada, mas você não tem acesso a nenhum tipo de informação para saber o estado em que se encontram. Isso obriga o jogador a sair sempre com uma arma extra no seu limitado inventário, uma vez que você nunca sabe se precisará dela.

Os combates, por sua vez, são um tanto desajeitados. Não há necessidade de travar a mira, desviar de golpes, contra-atacar ou nada parecido. A única coisa a ser feita é pressionar o botão de ataque e, vez ou outra, se distanciar ao perceber que o inimigo está prestes a atacar. É um sistema rígido e pobre, que não permite estratégias e nem exige muito do jogador.

Os objetivos quase sempre se baseiam em localizar personagens, itens ou alcançar determinados locais nos cenários, que funcionam como labirintos (quase sempre vazios e silenciosos), mesmo em ambientes abertos. A falta de informação e objetivos claros muitas vezes leva o jogador a andar aleatoriamente pelos cenários, em busca do que fazer. Até existe um mapa, mas as informações contidas ali são tão vagas e imprecisas que raramente servem para alguma coisa. Sem adicionar variedade à fórmula, "Fragile Dreams" se transforma em uma experiência entediante dentro de poucas horas.

É uma pena que o jogo carregue tantos problemas, pois como uma fábula moderna, ele se dá muito bem. Embora se desenrole com grande lentidão, a história sobre maturação e da busca incansável por companhia e significado para a vida traz profundidade e emoção com o tempo.

CONSIDERAÇÕES

"Fragile Dreams: Farewell Ruins of the Moon" traz boas ideias e um visual competente, mas falha em criar uma experiência agradável. Sua mecânica pobre, controles rígidos e desafios pouco interessantes não são suficientes para engajar o jogador. Por outro lado, o enredo é carregado de sentimentos e se desenvolve de maneira cativante, ainda de forma arrastada. É um jogo de aventura mediano, válido para aqueles que preferem uma experiência mais leve e possuem paciência de sobra.

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    Fragile Dreams: Farewell Ruins of the Moon (Wii)

    94 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Bandai Namco
    Lançamento: 16/03/2010
    Distribuidora: Bandai Namco
    Suporte: Cartão de memória
    RegularAvaliação:
    Regular

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