Lançado sem muito estardalhaço no final de 2006, como mais uma entre várias outras produções hollywoodianas voltadas para jovens e crianças, "Uma Noite no Museu" fez bonito nas bilheterias mundiais ao arrecadar mais de US$ 500 milhões. Com um sucesso tão grande o longa-metragem virou franquia e logo uma continuação foi encomendada, ao lado de uma infinidade de produtos relacionados.
Agora, com a chegada do tal "Uma Noite no Museu 2" às salas mundiais, temos a oportunidade de conferir também um jogo derivado, que consegue ser bem fiel ao clima da franquia, mesmo a habitual falta de inspiração e problemas deste tipo de produto.
Aventura agitadaO jogo tenta se manter fiel ao filme, mostrando o ex-segurança Larry Daley (interpretado por Ben Stiller) em uma nova aventura, agora no museu Smithsonian de Washington. O herói deve impedir que o Faraó Kahmunrah utilize o poder da tábua mágica - a mesma que reanima todas as personalidades do museu - para criar um exército de seres das trevas e dominar o mundo. O malvado conta com a ajuda de figuras como Al Capone, Napoleão e Ivan o Terrível para colocar seu plano em prática, enquanto Daley recorre a suas invenções e o apoio de ícones como Amelia Earhart, uma pioneira da aviação dos EUA, e o General Custer, herói da guerra civil do país.
O jogador encarna Larry em situações bastante parecidas com a do filme, em que deve explorar todos os cenários do museu para enfrentar criaturas, resolver alguns enigmas e escapar de armadilhas. Ele não pode atacar os inimigos diretamente, então precisa apelar para os poderes da tábua, sua lanterna e de seu molho de chaves para interagir com vários elementos - como controlar estátuas para ajudá-lo a enfrentar inimigos, se balançar pelos lustres para alcançar locais de difícil acesso e escapar de perseguições ou mesmo animar pinturas para transformá-las em portais para outras salas.
O grande trunfo do game está na variedade de ações e eventos que pipocam a todo instante da tela. Larry tem vários poderes e recursos que são utilizados em momentos inusitados, mantendo um bom clima de suspense no ar diante das várias surpresas espalhadas pelos cenários. Com uma dificuldade adequada para um público jovem, o pacote só decepciona por conta de sua curta duração, pouco maior do que a própria minutagem do filme.
A apresentação é adequada para este tipo de produto. Fora a presença de Ben Stiller - que emprestou sua voz e feições - não há nada tecnicamente espetacular aqui, com gráficos e sons genéricos que, ao menos, não incomodam. O que deixa mesmo a desejar, até pela reduzida aventura principal, é a ausência de modos extras de jogo ou multiplayer online para esticar um pouco a vida útil do game.
CONSIDERAÇÕES
"Night at the Museum: Batte at the Smithsonian" é uma razoável adaptação de filme, que ao menos consegue manter o clima do produto original visto nos cinemas. Com boa variedade de eventos e poderes do herói dublado por Ben Stiller, a aventura é movimentada e adequada para um público mais jovem, ainda que a falta de extras e sua curta duração deixem a desejar.