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Xbox 360

Ghost Recon Advanced Warfighter 2

16/03/2007

da Redação
Há um ano, o "Ghost Recon Advanced Warfighter" (ou "GRAW" para os íntimos) foi um dos principais títulos da chamada "segunda geração de jogos" para o Xbox 360. São obras que, passados alguns meses do lançamento, começam a explorar melhor a capacidade do console, promovendo saltos tecnológicos em relação aos títulos de estréia.

O primeiro "GRAW" cumpriu muito bem o papel, mostrando gráficos espetaculares para a época, do jeito que nenhum console conseguia fazer. Agora, os tempos são outros. A continuação, como toda seqüência que se preze, traz bem-feitorias, mas, no campo visual, ficou muito similar ao antecessor e hoje já não causa mais o mesmo impacto. As boas novas estão no conteúdo, principalmente no setor multiplayer.

Conspiração tequila

"Ghost Recon Advanced Warfighter 2" mantém o estilo do antecessor. Trata-se de um game de tiro em terceira pessoa com elementos táticos, ou seja, você não luta sozinho. A mecânica continua praticamente inalterada, apenas ajustando melhor os controles para ficar mais ágil, principalmente no comando das unidades, que inclui seus companheiros, veículos e a Cypher, um pequeno aparelho voador de reconhecimento.

O game coloca o jogador novamente na pele, no uniforme e no capacete tecnológico de Scott Mitchel, capitão do fictício 5º Grupo de Forças Especiais dos EUA, apelidado de Ghosts. "GRAW2" acontece em 2014, um ano depois de Mitchell salvar os EUA de rebeldes mexicanos. Agora, a encrenca entre EUA e seu vizinho continua, e as tensões acontecem na fronteira do Texas.

Reflexões sobre a atual política externa americana à parte, esse conflito da ficção acontece, agora, nos dois lados da fronteira, explorando bem a diferença entre as duas nações. A gravidade da missão de Mitchel recai numa ameaça nuclear aos EUA, já que uma guerra está para acontecer na fronteira.

O clima começa bem diferente do primeiro jogo. Agora, o cenário é semi-árido, predominando a terra seca e plantações do tipo sisal. É claro que num jogo de controle complicado como esse é preciso ter uma fase de treinamento e isso é introduzido através de seu visor, na forma de um mundo virtual. Nada original, mas funciona.

O grande irmão

O tutorial explica cada movimento e funcionamento do controle, que é praticamente igual ao game do ano passado. E também de outros games do gênero. Mitchel pode assumir várias posições (em pé, agachado ou deitado), com vantagens e desvantagens para cada uma delas: na medida em que a agilidade cai, você fica menos vulnerável e menos perceptível aos oponentes. Há várias formas de atirar também, seja na visão normal, na de precisão ou através da mira telescópica, caso o equipamento tenha essa opção.

No entanto, tão importante quanto atacar, é se defender. Novamente, o game conta com diversos obstáculos nos quais o personagem pode "grudar", oferecendo proteção contra a maioria dos ataques. Essa operação está mais ágil que antes e isso é bom.

Mais uma vez, a funcionalidade fundamental é o trabalho em equipe, além do uso de veículos e outras bugigangas. Todos eles são controlados mais ou menos da mesma forma e agora ficaram bem mais práticos. Para comandar seus três subordinados, o esquema é praticamente o mesmo. O número de comandos é bem reduzido, mas é o suficiente para ter uma experiência tática de alto nível. Os veículos também funcionam de modo similar.

Já a Cypher melhorou bastante. Agora, você pode controlá-lo mesmo na tela de ação, sem precisar abrir o mapa tático. Claro que isso também é possível (assim como controlar os veículos e os companheiros através dessa interface), mas essa novidade permite uma partida mais fluida, já que não há troca de tela e a conseqüente interrupção.

A principal novidade do modo de campanha é a "multiplicação dos olhos". Explica-se: agora, Mitchell, de sua condição de capitão, pode ver através do visor de seus companheiros, e dar ordens a partir dessa perspectiva. Em tese, você pode cumprir toda a missão desse jeito. Esse recurso também pode ser aplicado aos veículos e ao Cypher. Nesse caso, o satélite já não encontra os inimigos automaticamente: é preciso você mesmo os procure, usando o ponto de vista da máquina.

Escalada de violência

O game começa leve e, de missão em missão, vai ficando mais complicado, mas quem tem certa experiência com esse tipo de jogo, provavelmente vai achar a dificuldade geral um pouco baixa, ao menos na opção padrão. É que há muitas facilidades desta vez, como um carro (o Mule) que é praticamente um hospital e armazém ambulante e uma nova unidade médica, que traz mais kits de primeiros socorros. Como se não bastasse, as fases de helicóptero - que continuam um show de destruição - também ficaram mais fáceis, já que a arma demora mais para esquentar.

A campanha tem um desenrolar criativo no que tange aos tipos de missões que se tem a cumprir (o enredo, quase inexistente, é esquecível), mas termina mais rápido que o desejado. São cerca de oito horas, contando algumas dificuldades pontuais, para acabar tudo. Mas, felizmente, há muito mais conteúdo para vasculhar em "GRAW2".

Para começar, há uma campanha multiplayer cooperativo com seis fases para até 16 pessoas. O enredo trata de outra unidade dos EUA, que foi combater grupos panamenhos que estariam financiando os rebeldes mexicanos. Ao contrário do modo para um jogador, aqui, os objetivos variam conforme a partida e promove uma cooperação efetiva dos jogadores. É praticamente imperativo coordenar os movimentos, através da comunicação via headset, já que há múltiplos objetivos a cumprir ao mesmo tempo. Entre eles estão a destruição simultânea de duas estruturas, por exemplo.

É guerra!

Já no multiplayer competitivo, que continua igualmente empolgante como o antecessor, a boa notícia é a maior variedade de mapas: quase o dobro do antecessor, sem incluir, obviamente, as fases extras que vieram em pacotes de download. As novas regras, como a Helicopter Hunt, não são exatamente instigantes, mas as opções legadas continuam excelentes. O "host" tem uma boa gama de ajustes para configurar a partida sob diversos aspectos. Agora, o game tem suporte para clãs, ficando mais fácil montar os grupos.

Em termos de funcionalidade, o multiplayer competitivo sofreu alguns ajustes para proporcionar mais opções para o jogador e combater a frustração. Agora, ao ser atingido por armas que não matam imediatamente, tem-se a opção de pedir socorro ou desistir, para ressuscitar em outro ponto. Aliás, o computador analisa dados como posição dos inimigos e a presença de cobertura para definir onde o jogador volta à partida. Já na parte visual, o modo multiplayer está muito mais bonito que o antecessor, quase se comparando ao modo de campanha.

No entanto, no "single player", os gráficos não evoluíram muito. É certo que tudo está mais refinado que o primeiro "GRAW", além de ter uma belíssima iluminação, mas, no geral, não se nota tanta diferença. Mas ainda tem um visual exuberante, um dos melhores para o Xbox 360. Os efeitos visuais, principalmente as explosões, são um show à parte, novamente - um belo espetáculo de como usar ingredientes de partículas para fazer fumaça e outros elementos que fazem sentir o movimento do ar.

Tudo isso fica ainda mais expressivo com a contundente sonoplastia. A explosão é uma hecatombe e o som dos tiros, estampidos ao mesmo tempo nítidos e pesados. Já a dublagem parece um pouco forçada e a trilha sonora é competente na tela de menu (mas é o mesmo do antecessor), mas as composições incidentais não fazem muita diferença.

Herança bendita

"Ghost Recon Advanced Warfighter 2" é quase uma extensão do primeiro jogo, com praticamente a mesma tecnologia. Mas as pequenas mudanças corrigiram as falhas do antecessor e o resultado é um game mais solto, principalmente na reduzida campanha para um jogador. Mas se faltou no "single player", a produtora Ubisoft compensou com o multiplayer, que continua empolgante. Enfim, quem já conhece a franquia, sabe o que vai encontrar, e o novato poderá se encantar com essa série que equilibra muito bem o tiroteio frenético com os recursos de ação-tática.

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    Ghost Recon Advanced Warfighter 2 (Xbox 360)

    65 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Ubisoft Paris
    Lançamento: 08/03/2007
    Distribuidora: Ubisoft
    Suporte: 1-16 jogadores, Xbox Live
    Outras plataformas: PC PS3 PSP
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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