Magna Carta II

PABLO RAPHAEL
Colaboração para o UOL

Universo de Magna Carta chega o X360

Entre os consoles da atual geração, o Xbox 360 é o único produzido no ocidente e, entre outros fatores, por isso seu sucesso no mercado oriental, principalmente no Japão, é limitado.

Curiosamente, graças aos esforços da Microsoft para conquistar uma parcela dos consumidores nipônicos, o Xbox 360 é também o console com a maior quantidade de RPGs orientais, como "Blue Dragon" ou "Lost Odissey", entre muitos outros.

A mais recente produção nesse gênero é "Magna Carta 2", da Namco Bandai. O game segue a cartilha dos J-RPGs contemporâneos: heróis de aparência andrógena, vilões exagerados, belos gráficos, combates em tempo real e um roteiro que mescla as motivações pessoais do protagonista a uma densa trama política.

Herói sem memória

Em "Magna Carta 2", o reino de Lanzhein passa por dias conturbados. O Primeiro Ministro Schuenzeit organizou uma rebelião, eliminou a Rainha Ibrin e usurpou o trono. A Princesa Rzephillda, uma jovem de 15 anos, aliou-se ao influente Conde Alex para lutar contra o vilão Schuenzeit. A disputa entre as forças do Norte, lideradas pelo Ministro e o exército do Sul, comandados por Alex, foi chamada de "Guerra Civil de Lanzhein".

Trailer da E3 2009

É nesse cenário atribulado que o jogador assume o papel de Juto, um jovem que perdeu suas memórias e é incapaz de usar uma arma de metal, defendendo-se apenas com uma espada de madeira. Juto é dotado de poderes que nem ele conhece e que são revelados no decorrer da aventura. Por razões pessoais, Juto se une aos rebeldes e torna-se membro do grupo liderado por Zephie, a princesa foragida e outros personagens típicos do gênero como guerreiros grandalhões, magos e curandeiros.

Os gráficos de "Magna Carta 2" são bem trabalhados, com cenários bonitos, belas cidades e criaturas exóticas. Os modelos lembram o jogo "The Last Remnant", com o qual "Magna Carta 2" compartilha o motor gráfico Unreal Engine. A dublagem é muito boa, o que facilita acompanhar as extensas conversas que antecedem as principais missões. Combate diferenciado

"Magna Carta 2" possui um sistema de combate instigante, no qual os ataques desferidos pelo jogador devem ser executados com precisão, pois após alguns movimentos, o personagem se cansa e fica indefeso. Quanto maior o nível do personagem, mais golpes ele consegue aplicar, além de dominar técnicas especiais e em alguns casos, magias.

Conheça o sistema de batalha

Durante o combate, o jogador pode assumir rapidamente o controle de qualquer membro do grupo e assim executar grandes seqüências de ataques, evitando a fadiga e aumentando o dano efetuado. Também é possível acionar habilidades especiais e armas de longo alcance. A navegação pelos menus é rápida e funcional e leva pouco tempo para se habituar aos comandos de "Magna Carta 2".

Além da campanha principal e suas batalhas contra as forças de Schuenzeit , toda cidade de Lanzhein possui algumas missões paralelas para entreter o jogador e estimular a exploração e as batalhas com os monstros espalhados pelos mapas, necessárias para a evolução dos heróis. As missões geralmente envolvem eliminar uma quantidade determinada de criaturas ou encontrar um personagem específico, mas há exceções criativas, como um minigame no estilo "acerte a marmota" ou resgatar um refém e levá-lo em segurança para a cidade.