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PlayStation 3

Disgaea 3: Absence of Justice

02/10/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
"Disgaea 3: Absence of Justice" é mais um capítulo na já lendária série de RPGs estratégicos da pequena, mas cultuada, produtora Nippon Ichi, que agora dá as caras no Playstation 3. Seguindo o esquema que fez fama da franquia, com um humor histérico, personagens extravagantes e uma mecânica complexa, é provavelmente sua melhor aventura até então, ainda que a apresentação deixe muito a desejar.

Quando é bom ser mau

Um dos grandes charmes da série é seu senso de humor, em uma narrativa com design inspirado em animes de comédia, que acabam colocando vilões em potencial como os astros da narrativa. Aqui não é diferente e o mocinho acaba se tornando Mao, o melhor aluno da academia do mal, a escola de demônios do mundo sobrenatural de Netherworld. E entenda por melhor aluno alguém que nunca freqüenta aulas ou faz deveres de casa, ao contrário dos chamados delinqüentes da instituição, que fazem tudo direitinho.

O objetivo de Mao é derrotar o líder do Netherworld, que também é diretor do colégio em que estuda - e ninguém menos do que seu próprio pai. Durante suas pesquisas, realizadas lendo diversos mangás, o rapaz descobre que não há nada melhor para derrotar um líder do mal do que um verdadeiro herói. E ele então resolve encontrar algum para que possa lhe roubar o título, ainda que com a interferência de Raspberyl, uma garota que tem medo que o garoto lhe roube o título de deliqüente número 1 do lugar.

E, como é de se esperar na série, há uma vasta gama de personagens secundários, como o misterioso mordomo Geoffrey, o incompetente herói Almaz e a volta do esquadrão dos Prinnies - aqueles pingüins falantes que adoram chamar os outros de "Dood" e têm a triste mania de explodirem quando são arremessados.

Mecânica clássica

Embora conte com uma história e personagens novos, "Disgaea 3: Absence of Justice" funciona basicamente como os outros da série, com apenas algumas mudanças. Utilizando de um sistema de turnos, é necessário explorar mapa a mapa com personagens que têm movimento limitado de acordo com classe, experiência ou outros fatores. Há várias classes e habilidades à disposição, como ataques em conjunto e outras melhorias. Uma delas é o sistema de Geoblocks, que funciona como os Geo Panels de antes, só que com atuação tridimensional -- afetam ambos os lados da batalha, fornecendo bônus ou penalidades de acordo com sua cor e posicionamento.

Além da necessidade de refazer vários níveis ou buscar aperfeiçoamento através do Item World, que acaba por melhorar seus equipamentos, há ainda a obrigação de interagir com a Evil Academy, que contém lojas, personagens controlados por computador que podem ressuscitar seus personagens, por exemplo, além do Homeroom, que substitui a Dark Assembly do original. Ali você negocia com o conselho da escola a transferência de estudantes para seu grupo ou pedir que novos itens sejam colocados à venda nas lojinhas, ainda que dê para jogar sujo com os professores, trapaceando nas votações.

Visual ultrapassado

A mecânica clássica e a história são de primeira, mantendo a atenção dos jogadores por muitas horas, assim como nos jogos anteriores da franquia. Foi uma boa jogada da Nippon Ichi manter a fórmula tradicional, que ainda resiste bem mesmo sem grandes mudanças estruturais.

O único problema foi que esta falta de ousadia, de não mexer no que está dando certo, acabou deixando a empresa um pouco preguiçosa na apresentação. Ainda que as dublagens sejam sensacionais e as músicas consigam manter o clima animado da série, os gráficos deixam muito a desejar. Sem nenhum exagero, é fácil dizer que "Disgaea 3: Absence of Justice" poderia ter sido lançado para Playstation 2, uma vez que os gráficos 2D que constroem os personagens são em baixa resolução e aparecem bem estourados. Os cenários 3D também não ganharam polimento e se apresentam pobres, o que fica mais evidente ainda com uma maior extensão dos mapas frente aos capítulos anteriores - e sem nenhum tipo de controle de câmera novo, por exemplo.

A falta de um componente online para multiplayer também é notada, mas como o jogo já oferece tanto conteúdo, não parece ser tão essencial assim para sua longevidade. Pelo menos a produtora anunciou sua intenção de disponibilizar vários personagens extras através da Playstation Store, incluindo algumas figuras de outros jogos de seu acervo, como "Makai Kingdom" e "La Pucelle: Tactics".

CONSIDERAÇÕES

"Disgaea 3: Absence of Justice" é o tipo de continuação que oferece mais do mesmo. O que no caso da franquia não é nada ruim, tendo em vista que as histórias são sempre interessantes, recheadas de personagens carismáticos, além da mecânica complexa e repleta de possibilidades. O que realmente pesa contra o título é a falta de uma apresentação condizente com o poder do Playstation 3, com gráficos pobres que poderiam muito bem ter sido produzidos pelo console anterior. Ainda assim, é título forte o suficiente para fazer a alegria dos fãs por muitos meses e que se mostra bem humorado e amigável o bastante para chamar a atenção de novatos no estilo.

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    GALERIA

    Disgaea 3 (Playstation 3)

    186 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Nippon Ichi
    Lançamento: 26/08/2008
    Distribuidora: NIS
    Suporte: Cartão de memória
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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