Sonic Colors

CLAUDIO PRANDONI
Da Redação

Enquanto "Sonic the Hedgehog 4" concentrava as esperanças dos fãs do ouriço em 2010 por um retorno triunfal do heroi em um bom game, "Sonic Colors" teve tranquilidade para chegar ao Wii sem a pressão de resgatar a honra perdida.

"Colors" mantém a fórmula de correria desenfreada, lançada por "Secret Rings" e lapidada por "Black Knight" e "Unleashed", mas aqui ainda mais polida e melhor executada. Para completar, o título ainda traz trechos de aventura no estilo clássico 2D e até minigames multiplayer que lembram bastante os rachas de "Sonic 2" e "Sonic 3", no Mega Drive.

Correria espacial

A história é das mais dispensáveis: o vilão Dr. Robotnik decide se redimir das malvadezas cometidas no passado e abre um parque de diversões no espaço. Intrigados, Sonic e Tails decidem investigar o lugar e acabam descobrindo que se trata na realidade de um novo plano maligno do cientista, que desta vez busca extrair o poder de alienígenas conhecidos como Wisps para aumentar o poder de suas máquinas.

Sonic enfrenta Robotnik mais uma vez

A temática de parque de diversões possibilita uma ampla variedade de estilos de fases, todas pontuadas por shows de luzes, caminhos tortuosos, máquinas e engenhocas das mais malucas - tudo isso representado por alguns dos gráficos mais bonitos do Wii, cheios de cores e detalhes e sem deixar a taxa de quadros cair.

Boa parte das fases se resume a correr em linha reta, vendo Sonic de trás, por cima do ombro, e assim desviando de obstáculos, coletando itens e abatendo inimigos. Em momentos, a perspectiva muda para a lateral, proporcionando um estilo mais clássico de controlar o heroi.

Pelo caminho, Sonic pode coletar Wisps que concedem a ele poderes especiais, como rebater em paredes para alcançar lugares de difícil acesso, perfurar o chão, ser lançado como um foguete e mais. O bacana é que tais habilidades garantem variedade de controles ao game, mas infelizmente não funcionam tão bem como os controles convencionais - sempre que se usa um poder especial parece que ele é ativado e usado meio por acaso, é difícil aproveitá-los de forma eficiente.

Correria por cenários variados

Outro ponto nas fases que deve incomodar alguns é o excesso de trechos em que Sonic corre automaticamente - como já muito acontece desde a época do primeiro "Sonic Adventure", no Dreamcast. Basta apertar para a frente e ver Sonic acelerar por percursos alucinantes, mas com nada de interação. É bonito e impressiona, mas deixa de lado a participação do jogador.

A aventura é extensa, com dezenas de fases e, claro, combates contra chefes, totalizando aí umas boas 6 horas de diversão. Além disso, é possível aproveitar também o modo multiplayer, que coloca réplicas robóticas de Sonic para competir ou se ajudar em várias fases, algumas até inspiradas nos traçados de zonas dos cartuchos antigos de Mega Drive.

Completando bem o pacote, como de costume, a trilha sonora é divertida e empolgante, regadas por batidas eletrônicas, riffs de guitarra e ritmos animados, que acabam casando bem com o visual colorido do game.