Back to the Future Episode II: Get Tannen

RODRIGO GUERRA
Colaboração para o UOL

O segundo episódio do jogo inspirado nos filmes de "De Volta para o Futuro" chegou, mas sem o mesmo gás do primeiro game. "Back to the Future Episode II: Get Tannen" procura desenvolver a base da história que será contada no decorrer dos próximos capítulos e com isso, tem menos momentos memoráveis para os fãs da série do que o jogo anterior. Isso não quer dizer que os jogadores ficarão desapontados, apenas menos felizes.

Cabarés atemporais

Veja trailer de "Back to the Future Ep II"

A história continua de onde o game anterior parou, com a dupla de heróis de "De Volta Para o Futuro", Marty McFly e Dr. Brown, envolvidos em uma aventura na época dos gangsters, da Lei Seca e do comércio ilegal de bebidas - e claro, do chapéu de mafioso.

Assim como no primeiro jogo, os produtores usam e abusam de piadas que foram eternizadas nos filmes da série. Contudo, neste capítulo, o jogo trata de desenvolver sua própria trama, explicando os motivos pelos os quais o cientista maluco e seu companheiro temporal ficaram atados na era do crime ilegal e o que precisam fazer para voltar até 1986.

Marty e Dr. Brown encontram os antepassados de figuras clássicas de Hill Valley. A química entre os dois protagonistas continua em alta e a dupla se envolve em situações hilárias que podem destruir todo o continuum do espaço-tempo.

O jogo segue os moldes clássicos das aventuras de apontar e clicar, como "Sam & Max" e "Full Throttle". O jogador escolhe um objeto ou personagem e clica nele, abrindo diversas formas de interação. É um sistema simples e que já se provou eficiente ao longo dos anos. Entretanto, como na maioria dos jogos da TellTale, "Get Tannen" apresenta um sério problema com os controles.

Marty não consegue seguir a direção apontada pelo jogador e isso se torna particularmente irritante quando existem mudanças de ângulo de câmera, que invertem os controles sem mais nem menos. Isso pode ser resolvido clicando no objeto que se deseja interagir e o computador se encarrega de ir até ele.

Os enigmas estão mais fáceis de serem resolvidos e não têm a originalidade do episódio anterior, "It's About Time". Outro problema é que há menos cenários para explorar. O jogador pode acabar entediado pela falta de variação em situações que seriam mais divertidas caso não fossem tão previsíveis.