Se houvesse uma lei que proibisse softhouses de lançar múltiplos jogos com a mesma engine por mais de três anos, Lara Croft estaria em apuros. Mas parece que nem só de seios se fazem repetições - aparentemente terroristas também são vítimas desse mal.
Rogue Spear é mais um jogo que se aproveita da engine de Rainbow Six. Apesar de ser vendido com um produto capaz de rodar independentemente, ele oferece pouco mais do que novas fases e armas novas para a série - sem corrigir problemas sérios (sim, depois de anos de treinamento para participar de uma das mais importantes unidades anti-seqüestro, seus colegas ainda ficam presos ao tentar dar a volta em uma árvore no meio do caminho. Tsk,tsk).
Visualmente, Black Thorn deixa muito a desejar. A boa notícia é que o jogo roda bem em um Pentium II 300MHz. Mas quem estava esperando algum tipo de melhora visual vai ficar muito decepcionado com os gráficos que impressionaram... quatro anos atrás.
Mas os fãs da série não tem motivo para reclamar: tudo que valeu ao primeiro título muitos elogios em 1998 estão de volta, mas com algumas idéias muito originais. Da infiltração de uma típica mansão japonesa a acertar um motorista com um rifle sniper, o jogo está repleto de situações que assustariam até o Harrison Ford - e sempre com o enredo digno de Tom Clancy (afinal, ele é o produtor do game!).
Na parte multiplayer, o pacote traz seis excelentes mapas especificamente para uso nos servidores da Ubisoft, assim como um novo modo 'um contra todos'. Vale avisar: apesar do tema semelhante, esse modo multiplayer não lembra em nada Counter Strike.
CONSIDERAÇÕES
Black Thorn não tem a menor chance de competir com novas oferendas como o soberbo SWAT 3, e acreditamos que seria mais justo vender o título como uma expansão econômica que requer o original. Mas se você tem uma máquina incapaz de rodar jogos baseados na engine de Quake III ou é simplesmente um fã que precisa de mais missões para Rainbow Six/Rogue Spear, Black Thorn é uma boa pedida.