F1 2001

da Redação

A Electronic Arts já foi muito criticada por lançar atualizações anuais de sua linha de esportes, adicionando poucas mudanças e cobrando o preço integral do jogo. E a empresa faz questão de anunciar com orgulho na caixa de F1 2001 que criou uma engine nova para a versão desse ano de seu jogo de Fórmula 1. Ainda bem que eles avisaram, porque quem tem o do ano passado vai ter dificuldades em perceber a diferença.

Apesar de não trazer tantos elementos de console como a versão de PlayStation 2 (que exigia que você destravasse pistas), não é difícil perceber que a EA emprestou muito da simplicidade e facilidade que encontramos nos videogames. Até mesmo o treino com indicações na pista como em Gran Turismo aparecem no jogo. Isso torna o game mais acessível, mas nem por isso melhor.

Infelizmente, enquanto os requerimentos de sistema do jogo foram exageradamente elevados, os gráficos melhoraram marginalmente, e a performance foi para o buraco. Em um sistema com um Pentium III 500MHz, uma TNT2 com 32MB e 128MB de RAM o jogo engasgava violentamente com os detalhes no médio. E ainda assim o visual estava inferior ao seu maior concorrente do ano passado, GP3.

Infelizmente, essa instabilidade atrapalha bastante os controles, que apresentam uma resposta insatisfatória. Apenas com os detalhes totalmente desligados conseguimos vencer as corridas mais complicadas. Por outro lado, se você escolher as opções mais fáceis e ligar todos os auxílios de direção, é possível (LITERALMENTE) vencer qualquer corrida apenas segurando o botão do acelerador intermitentemente.

O som é tudo que você esperaria de um jogo de Fórmula 1, só que com o pior comentarista que você pode imaginar. E nada acaba mais com a suspensão de descrença do que ver ele anunciando: Na primeira posição, Michael Schumacher. Na segunda posição: Mikka Hakinen. Na terceira posição: o piloto da McLaren... HEIN?