Analisar o primeiro jogo da licença Harry Potter. Por um lado, falar mal do jogo trará críticas dos fãs. E por outro lado, não avisá-los dos problemas do game será igualmente perigoso... complicado, né?
Harry Potter e a Pedra Filosofal é o primeiro de uma série de jogos baseados nos livros campeões de vendas da escritora J.K. Rowlings. A preocupação em capturar o mundo mágico que encantou as crianças é inegável: os cenários, personagens, objetos e elementos da história foram inclusos com bastante cuidado (salvo raras exceções, como as cartas de bruxos famosos que NÃO se mexem!). E a versão brasileira chega integralmente traduzida para o português.
Os controles de Harry Potter são simples e intuitivos. Apesar de algumas crianças simplesmente não conseguirem usar o mouse para guiar o popular "mouselook" de jogos como Quake e Unreal, o sistema de manuseio do personagem é bastante funcional. Da mesma maneira, o jogo roda em um computador bastante modesto, algo muito bom para mães que pretendem comprar o software para seus filhos pequenos.
Infelizmente, na hora de cuidar do elemento que une tudo isso - ou seja, o 'miolo' do jogo - tudo vai por água abaixo. Além de passear de uma parte a outra de Hogwarts para desenrolar a história, a única outra coisa que Harry acaba fazendo 90% é durrubando caldeirões para encontrar Feijões de Todos os Sabores e procurando passagens secretas nas estantes e quadros. Claro, uma vez ou outra você encontra um chefe relativamente criativo, uma aula de magia e, é claro, uma partida de Quadribol. Mas esses momentos são tão raros que é fácil imaginar tanto crianças quanto adultos (e admitam, muitos de vocês leram os livros!) vão acabar perdendo a vontade de prosseguir.
CONSIDERAÇÕES
Harry Potter é um esforço louvável da Eletronic Arts para agradar Gregos e Troianos... infelizmente essa nunca foi uma tarefa fácil.