Nós eramos felizes e não sabiamos... quando os jogos em 3D estavam começando a surgir, e câmera em primeira pessoa era algo usado quase que somente por games de ritmo lento, surgiu Doom. O sucessor espiritual de Wolfenstein 3D marcou um gigantesco salto gráfico - além de ser marcado como um dos melhores jogos de ação de todos os tempos. Só que quando a Id mostrou seu novo projeto, Quake, parte da magia se perdeu. O ritmo do jogo ficou mais lento, e o número de criaturas na tela diminuiu de maneira dramática. Uma mudança de foco que deixou saudades.
É aí que entra Serious Sam. O que começou como uma demonstração da engine de uma equipe croata acabou se tornando um game econômico (vendido por cerca de 20 dólares) nos EUA. E o título pode não ser o mais revolucionário dos jogos de tiro, mas recupera a magia estar cercado por 35 zumbis assassinos e armado apenas com uma espingarda.
Serious Sam aproveita os aspectos técnicos da programação feita pelo Croteam (a equipe de desenvolvimento) que permite não somente ambientes fechados e abertos, mas também consegue apresentar hordas de incontáveis inimigos sem engasgar. Lembra daquela genial fase de Doom em que você precisava iniciar uma briga entre os inimigos antes de atravessar a sala, pois eles eram muito numerosos? Esse é o espírito de Serious Sam.
Durante o desenrolar da aventura, Serious Sam não apenas resgata clichês da época como o infame item-armadilha que desencadeava o aparecimento de dúzias de inimigos, mas também satiriza o gênero exagerando alguns dos aspectos mais ridículos desses games.
CONSIDERAÇÕES
Com um preço acessível e uma aproximação descontraída, Serious Sam pode não ser nada revolucionário. Mas é divertido como poucos - e as vezes isso é o mais importante.