Republic: The Revolution

da Redação

David Hassabis, o criador de Republic, tem um histórico impressionante: ajudou Peter Molyneux (criador de Black & White, Populous e Theme Park) em seus projetos. E esse programador que mal saiu da puberdade abandonou a segurança da empresa de Molyneux para criar seu próprio projeto: Republic: The Revolution.

A premissa é simples: você quer ser o manda-chuva de um pequeno país com um milhão de habitantes no leste europeu: Novistrana (Novo País em russo, segundo Hassabis). E esse ex-membro da União Soviética tem diversas cidades de muitos tamanhos, e assim como um cuidadoso jogo de xadrez, você deve ganhar território progressivamente até acabar com qualquer oposição possível.

Para realizar sua visão, o jovem programador criou o Totality Engine.
O nome pode parecer pretencioso, mas quando Hassabis confessa que Republic terá a capacidade de lidar com um número infinito de polígonos, efeitos luminosos, sombras e ainda por cima gerenciar individualmente a personalidade de um milhão de habitantes ao mesmo tempo... bem, digamos apenas que esse é provavelmente o design mais ousado de todos os tempos.

No que se refere à jogabilidade, a Elixir promete cinco maneiras de conseguir o suporte da população: politicamente, através de sua ideologia - e com ajuda das famosas táticas de difamação envolvidas; militarmente, colocando tropas na rua e falando 'é meu!'; religiosamente, convencendo o povo de que você tem o caminho da salvação; criminosamente, extorsão, chantagem... o de sempre: Uma mistura do meio militar e político; e comercialmente, ajudando as grandes corporações, e daí articulando-as para controlar o povo.

E como isso funciona em termos de jogo? Digamos que você está olhando para essa pequena cidade do interior. Dando um zoom até uma rua, você vê um sujeito barbudo com uma toga branca subindo num caixote de madeira e pregando um discurso reiligioso - contrário ao seu. Você manda um de seus agentes (leia-se um segurança com 2,10m de altura) pegar ele quando ninguém está olhando e puxá-lo para um beco. Selecionando o grau de violência do armário, você vê o pobre homem sendo coagido. Agora, digamos que isso não funcione. Você então chama um atirador de elite para executá-lo quando ele estiver saindo de casa. Mas como ele não é burro, ele se cerca de seguranças. Os planos dão errado, e a vítima acaba sendo o segurança. Isso pode acabar transformando o barbudo em um mártir e seus planos vão por água abaixo. Um exemplo muito semelhante foi mostrado na Game Developers Conference desse ano.

Cada um dos um milhão de habitantes terá gostos e ideologias individuais. Isso inclui até mesmo preferências esportivas. Dominar o país não será fácil - mas provavelmente resultará em um grande jogo.