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Civilization V

28/09/2010

RODRIGO GUERRA
Colaboração para o UOL
O que poderia acontecer caso Ghandi não fosse um homem de paz e se levantasse em guerra? Quais seriam as consequências da Rússia ter vencido a corrida espacial? Essas e muitas outras perguntas não precisam ser explicadas por cientistas renomados ou historiadores famosos. Basta um jogo: "Civilization V". O game criado por Sid Meier que mostra que a história pode ser mostrada de uma forma interessante, participativa e, acima de tudo, divertida.

Guerra e Paz

"Civilization V", não possui um modo de campanha, o jogador deve escolher entre jogar sozinho contra oponentes controlados pelo computador ou contra outros jogadores no modo multiplayer. Em ambos os casos é necessário escolher uma pátria entre 18 opções disponíveis e cada uma é representada por um líder, como o caso de Ghandi da Índia, George Washington dos EUA ou Oda Nobunaga do Japão. Cada país possui vantagens que devem ser levadas em consideração, como diplomacia, cultura ou unidades de guerra poderosas.

Trailer de lançamento
O game inicia com um acampamento e um grupo de guerreiros no ano de 4000 antes de Cristo e o jogador deve desenvolver essa civilização pelos próximos 6000 anos. A ação segue lenta, turno a turno, com pesquisas de tecnologias, construção de prédios e monumentos. É necessário ainda expandir fronteiras com novas cidades e criando um exército para enfrentar outros reinos. São tantas as coisas para serem feitas e administradas que a impressão que fica é que os seis milênios dados como tempo limite para a partida são insuficientes para dar conta de fazer tudo.

Jogadores das versões anteriores vão notar que a mudança ficou concentrada na arte da guerra. A estratégia ficou muito mais profunda e é escancarada quando as nações colidem. Diferente de todos os outros jogos da série, "Civilization V" não permite que os jogadores coloquem todas as suas tropas no mesmo espaço e saiam espalhando o medo e terror por onde passam. É necessário espalhar as unidades e movê-las calculando o movimento adversário, assim como fazem os jogadores de xadrez.

Planejar qual unidade inimiga atacar é vital para o sucesso da investida. Arqueiros e canhões atacam à distância, espadachins e soldados de infantaria combatem corpo a corpo e por aí vai. Os resultados dos embates mudam dependendo das condições de batalha, como o tipo de terreno, a presença de um general ou se o combate for próximo a uma cidade. Por falar nisso, as próprias cidades são excelentes unidades de defesa, podendo atacar de longe e nunca se entregam sem lutar.

Quando uma cidade adversária é capturada, é necessário providenciar todas as construções, mesmo as mais básicas, como quartéis, muros e moinhos. A impressão é de que a batalha para dominá-la acaba com tudo o que o adversário havia construído. Bom, ninguém disse que dominar o mundo seria algo fácil.

Mas assim como os outros jogos da série, existem diversos tipos de vitória que podem ser alcançados e nem sempre quem vence é aquele que tem o maior exército. Existem triunfos que podem ser obtidos de outras formas, como pelo desenvolvimento de tecnologias, felicidade do povo, construção de monumentos históricos, política ou corrida espacial. Esse último o mais difícil de ser alcançado, já que o jogador deve se concentrar quase que exclusivamente em desenvolver cultura para sua nação, deixando as fronteiras praticamente sem defesa para ataques inimigos.

Devido à sua complexidade, "Civilization V" não foi feito para ser apreciado em poucos minutos. Uma partida pode levar horas, inclusive no modo multiplayer. Encontrar uma que vá até o fim é o maior desafio dos jogadores, pois é muito chato ter que esperar a sua vez enquanto adversário prepara um ataque e gerencia seus afazeres. A espera pode chegar a cinco minutos, o que é motivo suficiente para muitos saírem no meio da partida - e arruinando a experiência.

Obra de Arte

"Civilization V" surpreende por ser muito bonito, mas é bom estar avisado que conforme melhorias vão sendo feitas e o império vai se expandindo, mais recursos são exigidos do seu computador.

Veja trailer da E3 2010
O estilo de arte lembra uma pintura, só que com movimentos. Os cenários são vivos e coloridos, basta dar um zoom em um quadrado para ver raposas brincando, elefantes se molhando e baleias pulando para fora do mar. Os soldados usam trajes que representam a época atual e se movimentam de forma convincente pelo cenário. Esse departamento é complementado com uma interface bonita, simples de ser usada e intuitiva.

O mesmo pode ser dito da trilha sonora orquestrada, que segue o ritmo da nação, como uma música calma para os tempos de paz, alegria quando há prosperidade e mais agitadas quando a guerra é instaurada.

Também é importante lembrar o fato que este não é apenas um jogo que serve apenas divertir. A Civilopedia é um recurso bem bacana que conta a história de cada nação, descreve as unidades de guerra e explica cada detalhe presente no jogo, tornando uma ferramenta útil que até poderia ser usada em salas de aula. Isso é, caso os professores conseguissem fazer os alunos pararem de jogar, já que este é um game difícil de largar.

CONSIDERAÇÕES

Assim como os outros jogos da série, "Civilization V" conseguiu fazer uma boa mistura entre uma aula de história e um jogo de estratégia. Por mais que os fãs da série discordem, faltou um modo de campanha solo que poderia explorar melhor as nações apresentadas no game. Entretanto isso não é uma necessidade básica. Aqui os jogadores podem mudar os rumos da história e se divertir com isso.

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    GALERIA

    Civilization V (Pc)

    46 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Firaxis
    Lançamento: 21/09/2010
    Distribuidora: 2K Games
    Suporte: Multiplayer online
    Configuração mínima: Windows XP/Vista
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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