Como um dos jogadores mais hardcore dos Adventures de texto (jogos onde você precisava escrever comandos explicando suas ações para resolver quebra-cabeças), eu me apaixonei imediatamente pelo primeiro Myst. Assim como ler um bom livro, um dos grandes destaques desses Adventures era a capacidade de deixar a imaginação voar solta e realmente entrar no mundo dessas aventuras. Quando Myst foi lançado, ele mostrava as figuras (com seus lindos gráficos), mas escondia uma profunda trama, desenrolada em pequenos textos, que atiçava a imaginação.
Myst conseguiu se estabelecer como um dos jogos de PC mais vendidos de todos os tempos, uma façanha que deve especialmente por não depender de reflexos rápidos ou controle complexo - qualquer um podia jogá-lo.
Exile se apoia nesses mesmos pilares: é um jogo simples, porém repleto de material para a imaginação. É como um bom livro, só que mais interativo.
O mundo continua tão bonito quanto antes, e os quebra-cabeças ainda são um tanto arbitrários, mas o pessoal da Presto facilitou bastante a jogabilidade ao diminuir o passeio entre as eras, segundo você em uma área mais restrita para cada parte do jogo. Não se engane: as Eras de Exile são muitas e grandes, mas bem gerenciadas.
CONSIDERAÇÕES
Exile é o tipo de jogo que agrada uma gama maior de pessoas que a maioria dos blockbusters, mas ao mesmo tempo não é um game que os viciados em adrenalina aprovam.