18/04/2001
da Redação
Parece que foi ontem... no começo da década de 90, os primeiros jogos em CD-ROM abriram as portas para a então chamada "multimída", um palavrão que até hoje descreve dezenas de signifcados diferentes. E um produto se destacava naquela época por ser feito especificamente para Compact Disc. Esse jogo era Myst.
Criado pelos irmão Robyn e Randy Miller, o jogo foi feito em micros Macintosh usando o que era então a mais moderna técnica de modelagem 3D. Myst era o tipo de software que as pessoas usavam para impressionar seus amigos. Os jogadores viciados em adrenalina e com altos níveis de testosterona imediatamente criticaram o título por seu ritmo lento e pouca interatividade. Enquanto isso, os amantes da literatura imediatamente se apaixonaram pelo enorme grau de detalhe ambiental e a trama: você fica preso numa ilha deserta, onde um homem cria mundos ao escrever livros descrevendo-os.
Alguns anos depois, os irmãos Miller lançariam a continuação, Riven, contando o desfecho da história - que não se concluia totalmente em Myst. Só que os tempos eram outros. Não apenas os jogos feitos especificamente para CD eram comuns - eles eram a regra. Riven não conseguiu vender tanto quanto seu predecessor. Mas um novo fenômeno iria ajudar a empresa: o surgimento dos "títulos econômicos".
A Mattel comprou os direitos do nome, contratou a Presto Studios, considerada a melhor "imitadora" do gênero (com Project Journeyman) e assim nasceu Myst III: Exile.
Pouco se sabe sobre a trama do jogo, mas aparentemente o estrago feito pelos filhos de Atrus no primeiro episódio foram falsamente atribuídos à ele, e cabe à você impedir esse pobre coitado de fazer alguma besteira.
O jogo continua mantendo seu ritmo e jogabilidade. A única diferença é que a Presto está usando seu conhecimento em computação gráfica para implementar panoramas 3D com rotação de 360º, ao invés das imagens chapadas de Myst e Riven.