Jogão para todos os gostos

Melhores de 2018 agradam fãs de aventuras épicas, lutas, corrida e quem curte desafios num estilo retrô

Daniel Esdras, Giuseppe Carrino, Rodrigo Lara e Rodrigo Trindade Gamehall, colaboração para o UOL e do UOL
Arte UOL

Não é todo ano que sai um novo "Super Smash Bros.", "God of War" e "Red Dead Redemption". Teve ainda "Dragon Quest", "Tomb Raider" e "Monster Hunter". Até o "Spider-Man" veio para somar. Então, 2018 foi dos bons para quem curte videogames, independentemente da plataforma.

O PlayStation 4 recebeu os exclusivos mais badalados --além do premiado "God of War" e de "Spider-Man", teve "Shadow of the Colossus", "Detroit: Become Human" e bons games para o PS VR.

A Nintendo, com "Super Smash Bros. Ultimate", "Pokémon Let's Go, Pikachu/Eevee!" e mais um monte de relançamentos do fracassado do Wii U, deixou os donos de Switch felizes.

Já a Microsoft continuou seu trabalho duro com o Xbox One, que dominou as pistas com "Forza Horizon 4", além de oferecer variedade com "Sea of Thieves" e "State of Decay 2".

Quer mais? Houve ainda uma leva de ótimos jogos de produtoras independentes, como "Celeste", "Dead Cells", "Into the Breach" e "Moonlighter".

Ao longo do ano, o UOL Jogos analisou mais de 50 games. E aqui estão os que consideramos os 10 melhores.

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10º: Celeste

Por Daniel Esdras

É engraçado pensar que um jogo que figura entre os melhores de 2018 surgiu de forma tão descompromissada. Noel Berry, criador do "Skytorn", e Matt Thorson, de "Towerfall", criaram o conceito de "Celeste" em uma Game Jam. Durante aqueles quatro dias de evento, foram feitos 30 níveis, que misturavam de forma muito divertida o estilo "Super Meat Boy" com as mecânicas mais legais do "Towerfall". O resultado foi tão positivo que os desenvolvedores decidiram aprimorar o conceito e colocar o jogo à venda.

O diferencial de "Celeste" é que tudo que foi adicionado no jogo é extremamente bem executado, algo difícil em um projeto independente. A música de Lena Raine é memorável e foi indicada no Game Awards. A história de Madeline é cativante e muito ligada à jogabilidade, que é desafiante e recompensadora. Menus, interface de jogo e apresentação são impecáveis. Por último temos a arte executada pelos brasileiros da MiniBoss, que trabalharam durante dois anos para criar um dos jogos mais aclamados de 2018.

"Celeste" é com certeza um ponto alto do ano que você deveria colocar na sua lista, caso ainda não tenha jogado.

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9º: Dead Cells

Por Rodrigo Lara

Um game difícil em que você recomeça a cada morte parece ser a receita para uma experiência bastante frustrante. O mérito da Motion-Twin foi fazer com que "Dead Cells" abordasse essa fórmula de uma maneira a instigar os jogadores a sempre "tentar mais uma vez" - e, assim, lá se vão horas.

O game de ação é um chamado "rogue-lite", ou seja, que coloca o jogador em uma situação desfavorável e sem a possibilidade de reviver no meio do caminho --para piorar, os cenários variam a cada partida. A parte "lite" da história é que os itens obtidos a cada jogada permanecem, de maneira que você está sempre mais forte. Tudo isso combina bem com o visual retrô do jogo e com sua jogabilidade sólida, precisa e viciante, fazendo uma ótima mescla entre passado e presente.

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8º: Dragon Ball FighterZ

Por Rodrigo Lara

Há décadas temos games baseados em "Dragon Ball", de RPGs a card games. Mas são os títulos de luta que fazem sucesso, e "Dragon Ball FighterZ" é o melhor jogo do anime já feito. Obra da Arc System Works, a mesma de "Guilty Gear" e "BlazBlue", tem como grande mérito fazer o jogador se sentir em um episódio da série.

Rola uma enorme quantidade de referências ao coisas vistas em episódios do anime, tanto nos movimentos e golpes dos personagens quanto nas animações que ocorrem antes, durante e depois das lutas. O visual é apenas um dos trunfos do game, que tem ainda uma jogabilidade do tipo "fácil de aprender, difícil de dominar". Isso permite que jogadores casuais não se sintam tão perdidos e que a galera mais "hardcore" encontre uma boa dose de profundidade, com personagens bem distintos entre si e com pontos fortes e fracos bem aparentes. "Dragon Ball FighterZ" é imperdível para quem curte o anime e jogos de luta.

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7º: Assassin's Creed Odyssey

Por Rodrigo Trindade

"Assassin's Creed" voltou com tudo em 2017, com o ótimo "Origins". O vasto mundo aberto foi mantido em "Odyssey", no meio da Guerra do Peloponeso, entre gregos e espartanos, da Grécia Antiga. No comando de Alexios ou Kassandra, você desbrava o mar Mediterrâneo e as ilhas gregas para saber mais sobre sua família e as tramoias da política regional.

Competente na jogabilidade, o game impressiona no visual e no escopo, porque o mapa é gigante e repleto de missões e áreas a serem exploradas. A navegação também voltou como foco, o que não ocorria desde "Black Flag". "Odyssey" é perfeito para quem quer se perder por dezenas de horas em um mundo gigante com cenários lindos.

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6º: Forza Horizon 4

Por Rodrigo Lara

Jogos de corrida são frequentemente usados para demonstrar as capacidades gráficas de um console e, no caso de "Forza Horizon 4", não é nenhum exagero dizer que se trata de um dos games mais bonitos disponíveis para Xbox One --e a coisa fica ainda mais "séria" caso ele esteja rodando em um Xbox One X ou um PC mais parrudo. Mas o jogo da Playground Games não é um mero "rostinho bonito".

Há muito o que fazer no game e isso, somado à comunidade sempre ativa, é garantia de diversão por muito tempo. Ainda que o cenário não seja tão variado quanto o de "Forza Horizon 3", ele conta com mudanças de estação, que transformam totalmente o ambiente --os carros se comportam de maneiras bastante distintas de acordo com o estado do piso em que trafegam.

A oferta de centenas de carros também garante uma variedade de experiências ao jogador. Se você curte games de corrida com uma pegada mais arcade, "Forza Horizon 4" é a melhor opção disponível.

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5º: Super Smash Bros. Ultimate

Por Rodrigo Trindade

A apresentação da Nintendo na E3 deste ano deu o tom do que seria "Super Smash Bros. Ultimate": todos os lutadores que já entraram no ringue estariam de volta. Mas não era só isso, porque além das dezenas de personagens, entre eles Simon e Richter Belmont (de "Castlevania"), o game de luta que criou seu próprio subgênero trouxe muitos modos, a volta do multiplayer local (torneios) e ótimas opções para quem joga sozinho.

A jogabilidade é a melhor desde o querido "Melee", com lutas frenéticas e enorme variedade de estilos entre os 76 lutadores. "Ultimate" também é uma verdadeira "aula de história" dos videogames, catalogando mais de mil de personagens do meio como "espíritos", equipáveis no World of Light, o robusto modo história do game. Este "Smash Bros." agrada jogadores casuais e hardcores, que curtem jogar sozinhos ou em grupo. Apenas o online deixa a desejar --uma tradição ruim da franquia.

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4º: Monster Hunter: World

Por Rodrigo Trindade

A série é gigante no Japão desde os tempos do PSP, mas não tinha virado um jogo das massas por aqui. Mais acessível, "Monster Hunter: World" mudou isso e se tornou o jogo mais vendido da história da Capcom. O novo game trouxe uma enorme quantidade de melhorias, desde a navegação livre pelas diferentes áreas dos mapas, antes separadas, até a eliminação de "burocracias" de edições anteriores, como o número ilimitado de pedras para afiar sua arma.

Para um jogo que tem como objetivo, literalmente, caçar monstros, "Monster Hunter: World" tornou essa tarefa divertidíssima. As criaturas gigantes interagem entre si, às vezes com violência, e se comportam como animais em seus habitats naturais. Completar as caçadas nunca foi tão recompensador como agora - com os amigos no multiplayer online, então, é ainda melhor.

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3º: Marvel's Spider Man

Por Giuseppe Carrino

A Insomniac Games nos agraciou com seu melhor jogo ao colocar em "Marvel's Spider-Man" a mais incrível e completa aventura do Aranha. Mais do que simplesmente criar uma história original, com surpresas e uma narrativa que te prende na frente da TV, ela acertou em cheio tanto quando estamos na pele do escalador de paredes, combatendo o crime pela cidade de Nova York, quanto nas horas em que somos apenas Peter Parker, em situações corriqueiras envolvendo seus amigos, familiares e até mesmo seu emprego.

Se pendurar com as teias pela cidade é tão recompensador e divertido que por muitas vezes ignoramos a existência do sistema de viagem rápida, comum em jogos de mundo aberto, pois preferimos ficar explorando a cidade que nunca dorme, enquanto seguimos ao próximo objetivo ou missão. As lutas lembram um pouco a jogabilidade vista na série "Batman Arkham", mas tem um estilo próprio, adaptado aos superpoderes do Homem-Aranha, deixando tudo ainda mais rápido e dinâmico. Nunca foi tão bom ser o cabeça de teia como em "Marvel's Spider-Man".

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2º: Red Dead Redemption 2

Por Rodrigo Trindade

"Red Dead Redemption 2" é um jogo repleto de superlativos. A Rockstar Games dedicou muito tempo (oito anos) e recursos (mais de mil atores gravaram falas) para poder contar a história da gangue de Dutch Van der Linde, um dos antagonistas do primeiro game da série. O projeto era muito ambicioso e rendeu polêmicas, mas o resultado foi uma aventura épica no começo do fim do Velho Oeste americano.

O game protagonizado por Arthur Morgan traz uma história emocionante de luta por ideais, frustrações e redenção (como indica o título). Tudo isso se passa em um mundo vivo e coeso. Se está frio, você precisa se agasalhar, caso contrário terá problemas de saúde. Suas ações importam: atropelar alguém com o cavalo fará a "polícia" correr atrás de você. "Red Dead Redemption 2" é muito mais do que uma sequência de seu antecessor; é um novo clássico dos jogos de mundo aberto.

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1º: God of War

Por Rodrigo Trindade

Em 2013, a série "God of War" atingia seu ponto mais baixo, com o contestado "Ascension". Cinco anos depois, deixando a Grécia para trás e apostando na mitologia nórdica, Kratos voltou acompanhado do novo filho Atreus para estreia da franquia no PlayStation 4. E que estreia! O jogo deixou de lado a violência caricata da trilogia original e apostou em uma história intimista, de relação entre pais e filhos. Tudo isso nos Nove Mundos nórdicos, o ambiente mais ambicioso e detalhado criado pelo Santa Monica Studio.

Se não é tão épico quando seus antecessores, o novo "God of War" é uma obra primorosa, com jogabilidade, história e visual excelentes. É uma verdadeira reinvenção da série, que adicionou elementos de jogos de mundo aberto e RPG à ação frenética do passado. Mais do que isso, a narrativa é dinâmica e toda em plano-sequência, uma abordagem que funcionou muito bem e nos deixou ansiosos para o próximo episódio da franquia - como não, depois desse final secreto? (spoilers no link)

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