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20/04/2011 - 08h08

Especial: 'foco' é elemento essencial nas batalhas de "Pier Solar"

ANDRÉ FORTE
Colaboração para o UOL


"Pier Solar" conta a história de Hoston, Alina e Edessot, três grandes amigos que, após serem surpreendidos por uma repentina e perigosa doença no pai de Hoston, se veem obrigados a sair em uma fantástica jornada em busca de uma rara erva mágica capaz de curá-lo.

No caminho, os três são desafiados por uma série de eventos intrigantes e misteriosos, que os obrigam a se unirem ainda mais e provar o verdadeiro sentido da amizade.

Entretanto, a doença do parente de Hoston é apenas o começo da trama. Ao longo da jornada, uma força maligna ganha força e ameaça balancear o equilíbrio entre o Bem e o Mal na cidade de Reja, palco da aventura.

Visualmente, este RPG se mostra muito bem produzido, com mapas gigantescos e com detalhes minuciosos em cada trecho. A arte empregada nos personagens segue o estilo de animação japonesa, e o traço refinado combina bem com a bela coloração atingida pela paleta de cores utilizada pela WaterMelon.

Além disso, a paisagem conta com diversos elementos muito interessantes, como o cair das folhas na cena da floresta e o brilho de um iceberg de cristal no alto de uma nuvem, que obviamente, não convém dar detalhes do que se trata.

Já o som do cartucho conta com algumas peculiaridades além da tão badalada possibilidade de utilizar o Sega CD para tocar as trilhas sonoras. Em certos pontos da história, nota-se uma simulação de ambientes 3D proporcionados pela tecnologia intitulada de FMPCM 3D.

Divulgação

O cartucho de "Pier Solar" usa uma tecnologia inédita que consiste em tocar trilha sonora do CD caso o Sega CD esteja acoplado; veja álbum de fotos


Questão de foco

Assim como a maioria dos RPGs, boa parte da mecânica de "Pier Solar" incentiva a exploração do vasto território de Reja. Assim, o trio de heróis deve seguir buscando informações e enfrentando os inimigos.

E é exatamente no campo de batalha que o jogo se destaca. "Originalmente, nossa intenção era trazer um sistema de batalha clássico, baseado em turnos. Entretanto fazer 'mais do mesmo' não basta, precisávamos introduzir um elemento de diferenciação, que tornasse as lutas mais interessantes de um ponto de vista estratégico. Daí surgiu a idéia do 'Gather' ou concentração de energia".

O "Gather", que na tradução para português ganhou o nome de "foco", é um sistema que permite basicamente ao personagem optar por reter sua energia durante cada turno. Assim, uma barra de foco que tem cinco níveis é preenchida e, quanto maior for o seu nível, os golpes serão executados com mais eficiência. O curioso é que além de afetar qualquer tipo de ação, desde ataques físicos a magias (ataque ou recuperação), alguns ataques e magias requerem esse nível de concentração para que funcionem.

Após acumulados três pontos de foco, estes níveis ficam permanentes durante toda a luta. Já o nível 4 pode ser perdido caso o personagem seja atacado durante a batalha. O nível máximo da barra é atingido no nível 5. Apesar de este último ter validade máxima de um único turno, ele pode ser compartilhado pelo trio. "Isso transformou toda a forma de interagir com os personagens, pois um bom uso desse sistema pode trazer grandes vantagens durante as lutas", explica Tulio.

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Personagens ganham mais poder ao acumular força nos combates; veja álbum de fotos


Esforço recompensado

Após seis anos de produção, é natural que "Pier Solar" chegue às casas dos jogadores cercado de muita desconfiança por parte dos fãs que apostaram no projeto desde os primórdios do desenvolvimento. Entretanto, ao receber o retorno das centenas de compradores do jogo, Tulio se diz plenamente satisfeito, tanto que se pudesse voltar atrás, faria tudo novamente.

"Sem dúvidas. Primeiro pela realização de um sonho: lançar um jogo para Mega Drive. Segundo porque isso mostra que é possível atingir nossos objetivos se acreditarmos neles e nos dedicarmos plenamente. Quero que as pessoas não apenas se divirtam jogando o jogo, mas que se sintam inspiradas a tirarem seus projetos da gaveta e fazê-los acontecer. É muito recompensador".

De acordo com a WaterMelon, a Sega está ciente do projeto, mas decidiu não apoiar o jogo por não oferecer mais suporte oficial ao Mega Drive. Já a Tectoy ainda não se manifestou sobre o assunto, mas uma aproximação por parte produtora de Tulio não é totalmente descartada "Estamos de portas abertas para conversar sobre qualquer possibilidade de um lançamento oficial no Brasil", diz.

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Numa fase de protótipo, "Pier Solar" foi testado com personagens de "Chrono Trigger", clássico RPG para Super NES; veja álbum de fotos


Por que criar um RPG?

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Fazer de "Pier Solar" o último RPG lançado para Mega Drive foi uma decisão até natural para os criadores do game. "Trata-se do gênero favorito da maioria das pessoas envolvidas e faltam RPGs no Mega Drive. Isso permitiria não só preencher este espaço como também fazer algo que ficasse na memória depois de lançado".

Segundo Tulio Adriano, o jogo começou sob o codinome "Tavern RPG" e a idéia original dos criadores era contar uma trama protagonizada pelos membros do fórum de discussão The Tavern. Com o tempo, o projeto ganhou proporções maiores, até receber personagens e história 100% originais.

Inspirações para o jogo não faltam. Tulio afirma que "Pier Solar" se aproveita de recordações de clássicos como "Chrono Trigger", de Super Nintendo, de pérolas do Mega Drive como "Phantasy Star" e "Shining Force II" e até com elementos inspirados nos RPGs de 32 bits, como "Wild Arms" (PlayStation) e "Albert Odyssey" (Saturn).


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